O mundo está conectado e as pessoas, desconectadas. Estamos criando coisas numa velocidade jamais imaginada. Mas, me assusta ver tantas pessoas se perdendo e tirando suas próprias vidas, em diversas idades.

Desde que nascemos, é intuitivo entender que seres humanos precisam de contato físico, o que tem faltando hoje em dia. Quando nos afastamos de nossos semelhantes, nosso corpo começa a colapsar, por mais difícil que alguns convívios possam ser.

A verdade é que somos feitos de sentimento, além da razão. A frieza das relações tem destruído famílias, casais, empresas. Somos gente e o mundo é feito, entre tantas coisas, de gente se relacionando com gente! E aí entra o abraço.

Convido você a fechar os olhos (logo após ler este artigo!) e relembrar momentos felizes de sua vida. Momentos em que seu trabalho foi reconhecido, em que mais um aniversário foi comemorado. Quem sabe um Natal em família, a conquista de passar no vestibular, ou aquele momento em que você reencontrou a pessoa amada.

Creio que, em grande parte desses momentos, aconteceu um abraço, afinal, ele é a exteriorização do querer bem, do querer perto. Você se lembra das sensações deste momento? Tente revivê-las!

Quando abraçamos alguém, nossos corações se unem e nosso cérebro recebe a mensagem de que ali há alegria, há parceria, há proteção, há bem querer. Como somos seres humanos sociáveis, a aceitação importa para nós. Por mais que haja aqueles que defendem não precisar de ninguém, no fundo sabemos que isso não é verdade.

Quando eu era mais nova, tinha um grande amigo, o qual eu visitava somente no Natal. Eu ia até a casa dele apenas para lhe dar um longo abraço. Ali, eu lhe desejava tudo de bom por um ano inteiro. Ouvíamos as nossas respirações e nossos corações pulsando. Era delicioso aquele momento de bem querer.

Nos braços de minha mãe, eu recebia a energia necessária para saber que havia alguém no mundo com a qual eu poderia contar, incondicionalmente.

Nos braços de meu marido, sinto o amor que nos envolve e nos transforma em pessoas melhores a cada dia.

Desde muito cedo aprendi a distribuir abraços, entregar alegria. Quando era pequena, ganhei um livro que se chamava “A Terapia do abraço”. Era curto, mas me fez entender o quanto abraçar alguém poderia ser mágico, tanto para quem abraça quanto para quem é abraçado.

Dentro de um abraço o tempo para, fica tudo bem. Ele conforta e, vez ou outra, precisamos desse conforto. Sabe quando seu peito está explodindo, seja de angústia, seja de dor ou mesmo de felicidade? É neste momento que o abraço lhe traz a plenitude. Ele é o brinde à vida!

Muitas pessoas têm receio de abraçar e de serem abraçadas. Mas elas não sabem que essa entrega e essa doação são responsáveis por enxurradas de sentimentos de bem-estar que perduram no tempo e na memória.

Não sei o quanto você tem tido tempo para abraçar mas, meu conselho é: se isso ainda não faz parte de sua vida de forma rotineira, mude agora mesmo.

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

Luciana Salgado
Luciana Salgado
Luciana Salgado é formada em Comunicação, Direito e possui MBA em Gestão Estratégica de Empresas. Atua há mais de 20 anos no mercado empresarial treinando equipes, ministrando palestras e realizando workshops. Defende a ideia de que a comunicação eficaz é a base para o sucesso das relações humanas bem como para a melhoria na produtividade empresarial e pessoal. Amante de pessoas, animais e de um planeta sustentável, pauta suas reflexões na análise comportamental dos seres humanos a da própria natureza, que entende ser uma eterna professora.   Coluna: Conexão Humana - versa sobre a forma como as pessoas utilizam a comunicação para viverem e obterem resultados, dentro e fora do ambiente de trabalho   Periodicidade: quinzenal Mais informações: https://www.linkedin.com/in/luciana-salgado-3b750a84/
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