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As perspectivas para o desenvolvimento do mercado brasileiro de Tecnologia da Informação e o aumento da competitividade nacional foram abordados por Luciano Ramos, gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC (International Data Corporation), por Maximiliano Martinhão, secretário de Política de Informática do MCTIC, e Cristina de Luca, jornalista da Rádio CBN e do IDG, no painel “Presente e Futuro”, da ABES Software Conference 2017. O evento aconteceu no dia 18 de setembro no WTC, em São Paulo. A mediação foi conduzida por Daniela Braun, diretora da agência Weber Shandwickd.
 
 

Ramos analisou a evolução do mercado brasileiro de software e serviços e alguns temas que se destacaram nesse cenário nos últimos anos: a mobilidade, que continua em expansão em função do crescimento contínuo do uso de smartphones; a utilização crescente do software em cloud e do mercado de nuvem; e a expansão do ecossistema de IoT, de big data e analytics.
 
Para que essas e outras tecnologias continuem em crescimento, Ramos considera que os empreendedores devem “olhar as tecnologias emergentes e derrubar as barreiras, pois os empresários têm se preocupado com seu legado e não têm dado espaço para as novas tecnologias que estão chegando, como computação cognitiva, analytics e internet das coisas. Essas tecnologias podem e vão transformar os negócios e criarão uma nova cadeia de valor para as organizações e seus clientes” – o ponto central é que as empresas precisam ser mais ágeis e abertas às inovações. Confira aqui a apresentação.
 

As tecnologias inovadoras e disruptivas têm impactado diferentes setores, ponderou Martinhão. Ele lembrou as mudanças no modelo de negócios do setor de música, após o advento do mp3 e do streaming e, atualmente, os impactos no setor de telecomunicações, que tem sentido os efeitos da transformação digital, da dissolução de fronteiras e o advento dos aplicativos de comunicação de voz e dados.
 
O secretário destacou que o ministério tem promovido medidas na área de TIC para que o Brasil possa sair da posição ruim que ocupa no ranking mundial de competitividade, no qual perdeu muitas posições nos últimos quatro anos, como a elaboração do Plano Nacional de IoT e da Estratégia Brasileira de Transformação digital, que deverão ser divulgados nos próximos meses.  “O setor de TI no Brasil tem mais de 15 mil empresas, conforme apontam os dados da ABES, e a gente não tem exportado software. Esse é um aspecto que precisamos melhorar. Temos várias iniciativas de apoio à internacionalização, em parceria com a Softex e Apex, por exemplo, que incluem os escritórios regionais e a realização de missões para diferentes países, que estão à disposição do empresário brasileiro”, disse Martinhão.
 
O CIO que está fazendo a “lição de casa” e sintonizado com as necessidades de inovar tem criado programas de parcerias com as startups, de onde estão vindo as inovações, explicou De Luca. “Temos falado muito do blockchain, por exemplo, e essa tecnologia veio do universo das startups e vai ajudar a construir uma nova internet”.
 
Para a jornalista, governo, órgãos de fomento e de empreendedorismo e as próprias empresas podem estimular o crescimento do mercado de TIC ao mostrar as vantagens das novas tecnologias aos pequenos e médios empreendedores, que estão interessados nas inovações, mas ainda não dispõem de toda a infraestrutura e conhecimento para implementá-las em sua gestão. De Luca citou a iniciativa do Sebrae, em parceria com a Embrapa, que lançou a primeira maratona de programação, conhecida como Hackathon, voltada à criação de um aplicativo para empreendedores da aquicultura, com foco na administração do negócio.
 

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