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Entrevistamos Orlando Cintra, CEO do BR Angels, sobre as perspectivas do investimento-anjo com a pandemia
  
O BR Angels é um dos mais recentes parceiros do ABES Startup Internship Program, iniciativa que visa fortalecer as empresas, gerar sinergia entre fundos de investimentos, incubadoras e aceleradoras, além de contribuir para que os negócios possam superar os desafios dos mercados nos quais atuam.

As startups participantes do ABES Startup Internship Program passam a contar com os mais de 33 anos de experiência da ABES nas áreas jurídica, regulatória, tributária e mercadológica pelo período de 6 meses, sem custo. O pacote inclui acesso ao plantão jurídico-tributário, certidões para participação em licitações, orientadores legais, guias, completa infraestrutura de compliance, planos de saúde e dentário, pesquisas de mercado e comitês sobre relevantes temas do setor.

Para falar desta parceria e do setor de startups, o portal da ABES entrevistou Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, grupo de investimento-anjo com mais de 50 CEOs e empreendedores. Ele investe em 7 startups e tem mais de 20 anos de experiência nas áreas de Gestão, Negócios, Inovação e Tecnologia. Foi executivo de grandes corporações como SAP, HP e Informatica Corp, atuou em diversas posições como Presidente e Vice-Presidente Sênior para América Latina, entre outras. Cintra também é membro do conselho de várias empresas, entre elas HYPERLOOP Transportation Technology, Smartie (empresa do grupo SOLVI PARTICIPAÇÕES), PORTWORX, SOLSTIC Advisors e LECOM TECNOLOGIA apoiando as organizações em decisões estratégicas para expansão dos negócios e posicionamento de mercado. Confira a entrevista:

Quando foi criado o BR Angels e quais as principais verticais dos projetos investidos?
O grupo foi fundado em 2019, com objetivo de ser uma associação para investimento-anjo com alto foco no capital intelectual, no smart money. Temos como associados um time de CEOs e empreendedores de grandes empresas. Nosso foco inicial são startups em produção nos segmentos B2B e B2B2C, nas quais o capital intelectual dos mais de 60 membros do BR Angels possa ser amplamente empregado por meio de mentorias. O BR Angels possui também o propósito de ajudar o empreendedorismo e, com isto, o desenvolvimento do Brasil e da América Latina.

Como avalia essa parceria com a ABES para os projetos das startups apoiadas pelo BR Angels?
A ABES tem uma grande experiência e influência no segmento de TI e tem feito diversas ações para tornar o Brasil Mais Digital e Menos Desigual. O programa de Startups criado pela ABES reforça a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para os jovens do Brasil.

Poder colaborar com este programa, envolvendo as Startups Investidas pelo BR Angels, é sem dúvida uma excelente oportunidade de apoiarmos a geração de novos empreendedores no nosso país. O BR Angels está muito satisfeito com o fechamento desta parceria.

Quantas startups e empresas são investidas e quais são os principais projetos apoiados pela BR Angels atualmente?
O BR Angels tem como objetivo investir em até 30 startups em dois anos, através de vários “batchs”, com teses de investimentos complementares. Um dos investimentos realizados recentemente foi na Mindminers, uma empresa de Human Analytics, que estuda o comportamento dos usuários finais para grandes empresas como Nestlé, Danone, McDonald´s. Este serviço é essencial neste momento de pandemia, pois novos padrões de comportamento estão sendo criados.

Quais os principais desafios para os empreendedores e os investidores que apoiam startups? Como ter retorno do investimento?
Buscar por startups “vencedoras” não é uma tarefa fácil. O BR Angels acredita que bons empreendedores, com seriedade e serviços ou produtos que gerem muito valor, serão os unicórnios do futuro. A expertise, rede de relacionamentos e experiência dos membros do BR Angels são pontos muito importantes e essenciais na seleção e desenvolvimento das startups investidas. Como qualquer investimento de venture capital, o retorno é de alto risco. A montagem de um portfólio robusto de startups e complementar é essencial para ter grandes chances de sucesso.

Quais são os desafios e perspectivas para o Venture Capital (VC) com a pandemia?
Obviamente existe a reação natural dos investidores de se tornarem mais “aversos” ao risco, não somente em venture capital (VC) como na maioria dos setores. Sendo o VC um ambiente natural de risco, existe mais conservadorismo. Mas o BR Angels acredita que existem também vários pontos positivos gerados por este momento de pandemia, como por exemplo uma seleção natural das startups com destaque positivo, ou seja, ocorrerá uma depuração do mercado.

Veremos ainda maior equilíbrio nos valuations estipulados, manutenção dos players mais sérios e bem preparados no ecossistema, e identificação de segmentos que estão se alavancando durante a crise, como e-commerce e alguns setores de saúde. Deixo um recado para as startups e empreendedores: caso estejam buscando investimento-anjo, inscrevam-se no www.brangels.global.

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