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Foram investidos 28 milhões para inovação em TI no estado

  

Totalizando R$ 28 milhões em créditos, o Rio Grande do Sul foi um dos estados onde ABES e o BNDES lançaram, no segundo semestre de 2014, a linha de fomento MPME Inovadora, com o apoio do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), que também é responsável pelas operações em Santa Catarina e Paraná. A linha de fomento tem o objetivo de apoiar micro, pequenos e médios negócios que inovam no setor de TI, financiando os investimentos necessários para a introdução de inovações no mercado, por meio do fomento a melhorias incrementais em seus produtos e/ou processos.
 
Alexander Nunes Leitzke, gerente de planejamento do BRDE do Rio Grande Sul, falou em entrevista ao Portal ABES a dinâmica da MPME Inovadora no estado e as peculiaridades regionais das empresas que buscam a linha de crédito para inovar. De acordo com o executivo
 
Quais os principais objetivos do BRDE no RS?
O BRDE é um tradicional Banco de Desenvolvimento. Neste sentido, o nosso foco é o financiamento (crédito) de longo prazo para viabilizar os investimentos produtivos na região Sul, inclusive no Rio Grande.
 
Qual o perfil das empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) em seu Estado? 
Empresas de médio porte, mas concentrado em empresas micro e pequenas empresas e com forte perfil inovador. Muitas delas são empresas de ponta sob o prisma tecnológico.
 
Quantas empresas já contrataram a linha MPME Inovadora em seu estado? Qual o volume de recursos liberado?
Aqui no Rio Grande do Sul, chegamos a 11 empresas, que contrataram no valor total de R$ 28 milhões em 2014.
 
Com base nas principais dificuldades que as empresas tiveram para a liberação de recursos, que orientação daria a elas para conseguir aprovação da linha de fomento?
Basicamente, há dois pontos importantes para o acesso ao crédito de longo prazo que é gargalo para essas empresas: organização administrativa e financeira das empresas (muito comum focarem nos projetos e “esquecerem” da gestão econômico-financeira da empresa, como gestão do fluxo de caixa, gerenciamento organizacional, contabilidade real, gestão de RH, etc); e estruturação de garantias. Aqui é um ponto que o BRDE tem trabalhado em conjunto com a Finep e BNDES para viabilizar fundos garantidores e, naquilo que for possível, flexibilizar exigências.
 
Em sua avaliação, como a linha MPME Inovadora vai contribuir para o desenvolvimento do setor de TIC no estado?
Essa linha já está contribuindo, pois somos líderes de mercado no repasse de recursos do Sistema BNDES para o financiamento à inovação. Objetivamente, as empresas podem executar os seus projetos inovadores e colocá-los em prática no mercado. Isso gera benefícios para empresa diretamente e indiretamente para a sociedade através das externalidades positivas que tais investimentos proporcionam.
 
Quais são as perspectivas de concessão de recursos para as empresas de TI em seu estado em 2015?
O dobro em relação a 2014, pois há um mercado potencial a ser atingido através desse tipo de financiamento.
 
Como avalia a linha MPME Inovadora frente ao aumento da taxa de juros no Brasil?
As restrições ao crédito pelas quais o sistema financeiro brasileiro está passando afeta de forma direta as empresas, prejudicando-as. Toda vez que há um aumento da taxa Selic, por exemplo, as linhas de inovação (com taxas subsidiadas) tornam-se mais atrativas não só pelo custo de oportunidade frente à Selic, mas porque proporcionam viabilidade de projetos e seu consequente retorno de capital, como no caso da MPME Inovadora. Neste sentido, as linhas de financiamento à inovação tornam-se ainda mais atrativas para os investidores que se encaixam neste perfil de ponta tecnológica.
 
Outras informações que desejar acrescentar.
Creio que há de se destacar a iniciativa do BNDES para fomentar empresas e projetos de caráter inovador, quebrando um pouco o tradicional modelo de financiamento de longo prazo voltado somente para ativos fixos (obras, máquinas e equipamentos).

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