Como desenvolver uma estratégia de internacionalização

Em evento realizado pela ABES, representantes da Softex e Gartner
falam sobre os desafios de se conquistar novos mercados 

Para onde a sua empresa quer ir? A resposta a essa pergunta é crucial. Qualquer empresário do setor de TIC precisa ter claro qual a direção que almeja seguir por meio de uma estratégia de internacionalização. Sua empresa tem um produto escalável globalmente? Esse é outro ponto fundamental em toda a análise de cenário, concorrência e mercado, que fundamentará os planos e decisões.

Estas e outras questões foram discutidas por Mariana Yazbeck (foto), diretora de operações da Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro, em palestra promovida pela ABES, no dia 16 de abril, em São Paulo.

Mariana ressaltou ainda que uma empresa que planeja se internacionalizar precisará também investir em inovação, para competir com centenas de players em nível mundial. “Sabemos que o esforço do empresário brasileiro para inovar é maior do que em outros países. Mas, o panorama nacional tem mudado nos últimos anos, com o aumento no número de linhas de financiamento, leis que estimulam as empresas e a integração dos sistemas de inovação – iniciativa privada, governo e academia. Devemos lembrar sempre que o DNA de uma empresa de TIC é a inovação”, ponderou.

Potencial de internacionalização
Com a missão de impulsionar a Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI, a Softex, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), tem vários programas que visam orientar as companhias, de diferentes portes, a desenvolverem inovações alinhadas com projetos de internacionalização.

 “A internacionalização pode ser feita para acessar novos mercados, ganhar eficiência produtiva, conseguir recursos financeiros mais baratos, promover a apropriação de tecnologias não disponíveis no mercado doméstico, entre outros objetivos”, completou Mariana.    
Num primeiro passo, os empreendedores têm à disposição a ferramenta “Avaliação do Potencial de Internacionalização de sua Empresa”, disponível no site da Softex (www.softex.br), desenvolvida em parceria com a Fundação Dom Cabral,com financiamento da APEX Brasil. “É uma interessante forma de avaliação da competitividade. Temos ainda o programa Inter-com TI e lançaremos, em breve, um novo programa de capacitação das empresas para estratégias de inovação, entre outros projetos”, finalizou.

Informações e análises qualificadas 

Dados relevantes são imprescindíveis para a definição de qualquer estratégia. Neste sentido, Vânia Moralez, diretora de novos negócios do Gartner Group, líder mundial em pesquisa e consultoria de tecnologia da informação, explicou que a companhia tem atuado fortemente no país em projetos de internacionalização e crescimento das empresas brasileiras. “O Gartner se destaca em programas de pesquisa e aconselhamento, tem escritório em 85 países e cerca de 12 mil organizações como clientes. O Brasil é o nosso principal mercado na América Latina, no qual temos 250 clientes”, informou.

Os dados analíticos do Gartner fornecem uma radiografia de mercados locais e globais – com avaliação do posicionamento do próprio cliente, da concorrência, da tecnologia e do potencial dos negócios – que permite reforçar ofertas, decidir as ações de marketing e vendas, além de estabelecer as mais diferentes estratégias de gestão.
 

Carlos Sacco e Vânia Moralez

O sócio-fundador da Dualtec Cloud Builders, empresa associada da ABES, Lauro de Lauro aprovou as palestras e comentou: “a inovação é essencial para o mercado de software. Fiquei bastante impressionado com os projetos da Softex. Todo empresário deve se familiarizar com os diferentes instrumentos e metodologias, mesmo que a internacionalização não seja um objetivo de curto prazo. Já utilizo e recomendo os serviços do Gartner. Os estudos têm sido primordiais em nossas decisões”.