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Sergio Alexandre, da PwC, destacou a transformação digital na área de consumo 

“O marketing está em toda parte”, já dizia Philip Kotler, principal referência mundial neste assunto. E, hoje em dia, podemos dizer também que as tecnologias de informação e softwares estão em todo o lugar e, cada vez mais, sendo ferramentas fundamentais para as estratégias de marketing e de negócios.
 
Análise de dados, mídia programática, redes sociais, chatbots, marketing digital, algoritmos, aplicativos, inteligência artificial, e-commerce, mobile são algumas das tecnologias e recursos que contribuem com o estabelecimento da conexão entre empresas, marcas e clientes, visando mais vendas de produtos e serviços.
 
De olho nos impactos das tecnologias nos processos de marketing, a Conferência Content e Mobile 2017, realizada pela Digitalks em São Paulo no dia 21 de março, contou com um painel sobre como a internet das coisas (IoT, da sigla em inglês) está mudando a forma como as marcas se comunicam com as pessoas.
 
Sergio Alexandre, digital leader da PwC, destacou que a transformação digital na área de consumo está além da preocupação de fazer com que o cliente compre algo. “É relevante proporcionar novas experiências, oferecer perspectivas diferentes, pois estamos falando de uma vida conectada, na qual marcas devem ser ‘people centric’, ou seja, estarem cada vez mais sintonizadas com as necessidades e desejos dos consumidores, aproveitando os recursos e as facilidades que as novas tecnologias proporcionam”. 
 
“O IoT é um meio. E não é o fim”. Com esta afirmação, Paulo Camara, digital officer da CI&T, destacou que as tecnologias permitem descobrir os hábitos de consumo de um determinado item por meio dos aplicativos que as marcas disponibilizam, permitindo personalizar a comunicação. “É preciso entender a complexidade do processo, pois existe um desafio real de escala e viabilidade financeira a ser superado para implementação dos projetos de IoT para marcas, frente a todo o potencial que as tecnologias oferecem”, ponderou Camara. Ele lembrou ainda que o empreendedor deve se preocupar em identificar qual é o ecossistema de novos parceiros necessários para viabilizar um projeto.
 
Mário Lemos, gerente Sênior da Accenture Digital, destacou que vivemos a Era do Mobility 3.0, na qual vários empreendedores partem do celular para o estabelecimento do modelo de negócio, como é o caso do Uber ou do Waze. O executivo destacou ainda outras tendências que caracterizam esse movimento: a possibilidade crescente de personalização das experiências para o consumidor; a ampliação do engajamento e recomendações dos consumidores pelas redes sociais e aplicativos; e a inteligência artificial facilitando a interface e antecipando as necessidades dos clientes. “Será que o usuário vai dar valor à tecnologia e novidades oferecidas?”.  Essa é uma pergunta que, em sua opinião, deve ajudar na avaliação do IoT aplicado ao marketing. 
 
Um exemplo citado por Lemos foi a pulseira MagicBand, da Disney, lançada em 2013, um dispositivo vestível que usa a tecnologia RFID. Acompanhado de um aplicativo e um website exclusivo, o dispositivo pode ser captado por sensores implantados em todo o parque e facilita pagamentos, reservas em restaurantes, compras de ingressos, indica se uma pessoa ficou tempo demais em uma fila, além de desbloquear surpresas preparadas pela Disney, entre outras funcionalidades.        

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