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Para o Brasil, em 2020 IDC prevê crescimento de 4,5% para o mercado de TI e 0,2% para o mercado de telecomunicações;

Alta no Brasil será impulsionada principalmente por investimentos nos pilares e aceleradores da 3ª plataforma tecnológica;

Na conferência IDC FutureScape 2020, analistas apresentaram as principais previsões para os próximos cincos anos no mercado de TIC na América Latina.

Apesar das incertezas políticas e do baixo crescimento econômico da América Latina, o crescimento do mercado de TI (hardware, software e serviços) será de 1,3% em 2019 e irá acelerar em 2020, com aumento de 4,8%. Já o mercado de telecomunicações encerrará 2019 com baixa de 3,5% e começará a se recuperar em 2020, crescendo quase dois pontos percentuais. Os dados foram apresentados na conferência IDC FutureScape, da IDC, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Segundo Ricardo Villate, vice-presidente da IDC Latin America, o maior investimento do setor de TI será em tecnologias denominadas “pilares para a terceira plataforma”, como cloud, big data/analytics, mobilidade e empreendimento social, que concentrarão 58% dos investimentos – tendo aumento de 8,5% em projetos, destacando os que utilizam soluções em nuvem (24,5%). “O mundo está se aproximando da supremacia digital – o momento em que a economia digital supera o tamanho da economia não-digital. A economia mundial chegará à supremacia digital em 2023”, disse Villate. Segundo ele, um grupo de seis tecnologias “aceleradoras da inovação da terceira plataforma” passarão de 17% em investimentos para 27% nos próximos cinco anos, crescendo 22% em 2020. Entre elas, se destacam as tecnologias de Inteligência Artificial (44,2% de crescimento em 2020).

Especificamente sobre o Brasil, Villate espera que o país invista US$ 48 bilhões em TI e US$ 41 bilhões em serviços de telecomunicações em 2020.

Sobre as previsões, o vice-presidente da IDC Latin America comentou que, para 2023, mais da metade da economia global será digital, para que os investimentos nas tecnologias-chave sejam acelerados e novos modelos operacionais obtenham hipervelocidade, hiperescala e hiperconexão.

• Hipervelocidade: a capacidade de criar e melhorar serviços e experiências digitais a um ritmo 100 vezes mais rápido do que hoje.
• Hiperescala: aplicações e serviços digitais serão desenvolvidos e implementados nos próximos quatro anos – como nos últimos 40 anos – e bilhões de dispositivos de borda (Edge) e milhões de localizações de Edge Computing serão implantados.
• Hiperconectividade: ampliando seu próprio poder inovador por meio de comunidades de código e dados de terceiros e criando novas fontes de renda mediante a distribuição de seus próprios serviços digitais para outras cadeias de suprimentos digitais.

Para o mercado da América Latina, as 10 principais projeções da IDC para os próximos cinco anos são:

1. Em 2024, mais de 40% de todo o gasto em TIC se destinará diretamente para a transformação e inovação digital (comparado a 20% em 2018), crescendo 22% anualmente.
Embora a IDC tenha apontado que um dos principais desafios está na escassez de habilidades, para 2020 se espera um déficit também de profissionais de TIC, de 586 mil para 570 mil profissionais.

2. Para 2022, mais da metade das empresas na América Latina vão integrar gerenciamento na nuvem, através de nuvens públicas e privadas, por meio da implementação de tecnologias, ferramentas e processos de gestão unificados híbidros ou multinuvem.

3. Em 2023, mais de 30% da nova infraestrutura de TI empresarial implementada na América Latina será Edge (computação em borda), ao invés de datacenters corporativos, se comparada com os atuais menos de 5%. Já em 2024, a quantidade de aplicações em borda triplicará.

4.  Em 2025, quase 50% das empresas na América Latina serão produtoras ativas de software, com código implementado diariamente; terão mais de 90% das novas aplicações nativas em nuvem; com 65% dos códigos de origem externos e terão 1,5 vezes mais desenvolvedores.

5. Em 2023, serão desenvolvidos e implantados mais de 15 milhões de aplicações e serviços digitais utilizando enfoques nativos da nuvem na América Latina, a maioria dirigidos a casos de uso de transformação digital específicos de cada indústria.

6. Em 2025, mais da metade das novas aplicações empresariais na América Latina vai incorporar Inteligência Artificial; para 2024, mais de 35% das interações com a interface do usuário vão utilizar vídeo inteligente, fala, processamento de linguagem natural e realidade virtual/aumentada habilitados por Inteligência Artificial.

7. Para 2023, 30% das 2000 principais empresas na América Latina vão nomear um Chief Trust Officer, que organizará todas as funções de confiança, incluido segurança, finanças, recursos humanos, risco, vendas, produção e jurídico.

8. Em 2023, 40% das mil  maiores empresas da América Latina terão um ecosistema com milhões de desenvolvedores digitais. A metade dessas empresas vai gerar mais de 15% de sua renda digital através de seu ecosistema/plataforma digital.

“Na economia digital, cada empresa tem potencial de se tornar uma plataforma, com uma comunidade de desenvolvedores externos ao seu redor para ampliar seu valor, além de seu próprio alcance direto”, reforça Villate.

9. Em 2025, cerca de 20% do crescimento da receita das empresas na América Latina virá de ofertas de “espaços em branco” que combinan serviços digitais de setores diferentes dos delas.

10. Em 2023, as 5 mega plataformas da nuvem pública vão representar mais de 80% do mercado. Os 10 principais provedores de software Pure-Play (focados em um só produto ou atividade) vão gerar quase 20% das receitas dessas empresas com soluções PaaS (plataforma como serviço), hoje em expansão.

Assista ao webinar no link: https://goto.webcasts.com/starthere.jsp?ei=1266063&tp_key=f21205b34e&sti=pr

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