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Bernardes, Kofuji, Doin e Gallo

Associação promoveu workshop durante o Connected Smart Cities

 

Apoiadora do Connected Smart Cities, realizado nos dias 04 e 05 de setembro de 2018, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a ABES promoveu, como parte da programação oficial do evento, o Workshop Cidades Conectadas, na sala Villa Lobos, nesta quarta (04), que debateu riscos e segurança cibernética, proteção de dados, compliance, formas de fomentar e desenvolver as cidades e educação e empoderamento do cidadão das cidades inteligentes e conectadas.
 
O primeiro painel da tarde tratou dos Riscos de Segurança Cibernética em Smart Cities, com moderação de Jonny Doin, vice-presidente de Segurança Cibernética do Instituto Smart City Business America (ISCBA), que destacou ser um desafio para fornecedores e gestores públicos garantir o funcionamento, a segurança e a integridade dos dados e dos sistemas nas cidades inteligentes.
 
Abordagem multidisciplinar – Sergio Takeo Kofuji, professor na Poli – USP, falou sobre os desafios do meio acadêmico em acompanhar o dinamismo no desenvolvimento das novas tecnologias aplicadas nas cidades inteligentes. Neste contexto, as universidades não estão conseguindo incorporar tão rapidamente novas disciplinas nos currículos e nem promovendo a integração multidisciplinar para elaboração e implementação de projetos de cidades inteligentes, que demanda a participação de arquitetos, engenheiros, advogados, entre outras especialidades. “Precisamos compreender as cidades inteligentes dentro de uma visão multidisciplinar, pois elas são sistemas complexos, nos quais a resiliência é um importante atributo”, ou seja, elas resistem as mudanças.        
 
Inclusão digital – Além de destacar que os municípios brasileiros estão avançando na implantação das redes de fibra óptica, fundamental para a inclusão digital e a construção das cidades inteligentes, Américo Tristão Bernardes, Diretor de Inclusão Digital (MCTIC) e, mesmo os grandes municípios como São Paulo, possuem regiões com falhas de cobertura de conectividade. Em sua avaliação, o país precisa promover o compartilhamento de infraestrutura de rede, realizar uma análise de riscos de infraestrutura mais clara e garantir a interoperabilidade entre tantos dispositivos e sistemas das cidades inteligentes, pois ainda faltam padrões que venham garantir este funcionamento integrado, sem o risco de aprisionamento tecnológico.

Combater as vulnerabilidades – Roberto Gallo, Coordenador do Comitê de Segurança Cibernética da ABES e CEO da Kryptus, ressaltou que os dispositivos usados em projetos das cidades inteligentes apresentam muitas vulnerabilidades, sendo necessário que o mercado evolua para o conceito de “segurança by design”, ou seja, reduzindo as vulnerabilidades ainda nas etapas de código dos programas.  “Fazer seguro não representa mais custos. É fazer melhor e não ter de gastar muito mais para corrigir, quando o sistema já estiver em operações e apresentar falhas”. Ele citou como exemplo, um teste de segurança na web, que realizou em sua empresa, por meio do qual descobriu vulnerabilidades em mais de 22 mil câmeras de um determinado modelo, todas em uso no Brasil, conectadas e passíveis de hackeamento.

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