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Novas diretrizes precisam se adequar à realidade das organizações de pequeno porte
 
Com o objetivo de realizar a revisão de normas atuais e elaborar novas regras sobre certificações da ISO – International Standard Organisation, o subcomitê JTC 1/SC 40 – Gestão de TI e Governança de TI esteve presente durante o mês de maio, na Fundação Vanzolini, apoiadora do encontro que debate significativas mudanças sobre o tema.
 
O grupo participante da reunião é responsável pela elaboração de Normas Internacionais dentro da área de TI, que diz respeito à ISO 20000, muito usada por grandes empresas e que define a qualidade do processo dos serviços do setor, e à Governança de TI, da série ISO 35500 – que deve ganhar novas seções, como de auditoria e governança para múltiplos provedores.
 
Segundo John Sheridan, Chefe do Governo Australiano de Tecnologia e Coordenador de Aquisição, as mudanças podem levar tempo até que sejam implementadas. "As modificações não acontecem rapidamente, e as empresas têm a oportunidade de acompanhar o trabalho como consequência de seu envolvimento com as normas ou para entender o que foi adaptado e fazer as mudanças apropriadas na área de atuação. É feito de forma gradual", diz.
 
O comitê-espelho brasileiro gerido pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), profissionais da Fundação Vanzolini e o professor Marcelo Pessôa também participaram da primeira edição do encontro realizada no país. "Para o Brasil, é de extrema relevância participar da elaboração de novas normas, pois conseguimos apresentar o nosso ponto de vista, o que precisamos para atingir uma visibilidade maior. Quanto mais normas forem disseminadas pelo país, mais avançado ele estará", explica Pessôa, que também avalia a relevância da participação da instituição na reunião. "Como nós somos representantes da ABNT no Brasil, é muito importante acompanharmos estas novidades nas normas. Temos muitas atividades na Fundação Vanzolini que estão relacionadas a elas, como certificação e aplicação", afirma.
 
Países em desenvolvimento demoraram para começar a entrar na discussão, que agora está vindo à tona e tem o Brasil como um dos líderes do debate sobre pequenas empresas dentro deste comitê. De acordo com Fernando Gebara, chefe da delegação brasileira participante do encontro, as diretrizes não condizem com a realidade das organizações de pequeno porte e é necessário, durante o processo de revisão, torná-las mais amigáveis. "O nosso objetivo é colocar dentro desse Comitê Internacional quais são as necessidades das empresas brasileiras e do governo brasileiro em relação a essas normas, porque nós queremos que essa norma seja útil para o Brasil. Então, o nosso papel aqui é defender a nossa realidade, de pequena empresa, de país em desenvolvimento", finaliza.

 

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