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Das 818 operações realizadas, 123 foram de TI e 91 de Internet

Com 818 operações realizadas no ano passado, o número de fusões e aquisições registrou seu melhor resultado histórico, com uma transação a mais do que as realizadas em 2011, que detinha o recorde até então. Os dados constam na pesquisa de fusões e aquisições realizada trimestralmente pela KPMG.
 
Comparando-se com 2013, o crescimento foi de 3%. “Apesar do período de incerteza da economia brasileira ao longo de 2014, o mercado de fusões e aquisições se manteve aquecido, principalmente nos segmentos de companhias energéticas, alimentos, bebidas e fumo e nas já tradicionais tecnologia de informação e empresas de internet”, analisa o sócio da KPMG responsável pela pesquisa, Luis Motta. TI e Internet registraram seus recordes com 123 e 91 operações respectivamente.

Setor D cb1 cb2 cb3 cb4 cb5 Total
Tec. da Informação (TI) 63 32 5 5 18 0 123
Empresas de internet 37 48 0 2 4 0 91
Companhias energéticas 29 14 2 4 7 0 56
Alimentos, bebidas e fumo 24 13 9 3 3 0 52

CB1: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
CB2: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior.
CB3: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
CB4: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
CB5: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no exterior.

Negócios internacionais
 
Durante o ano passado, foram 399 transações de estrangeiros comprando aqui no Brasil, um crescimento de 10% em relação a 2013. A pesquisa também demonstra uma maior busca das empresas brasileiras por internacionalização. Foram 44 empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior, um crescimento de 20% em relação a 2013, que registrou 37 operações. As empresas brasileiras também aumentaram as negociações adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil. Foram 43 negócios em 2014, contra 37 do ano anterior.

“Essa busca pelo mercado internacional provavelmente está alinhada ao processo de recuperação econômica dos países desenvolvidos a qual reduz o risco de investimentos de longo prazo nestes países, embora também aumente o valor dessas empresas devido à valorização de suas moedas em relação ao Real”, analisa Motta.

Por outro lado, as transações envolvendo apenas empresas de capital brasileiro registraram queda e o pior desempenho dos últimos cinco anos, com 331 operações. “Muitos setores dos quais as transações domésticas eram destaque, como no segmento de Shopping Centers, já estão mais consolidados, diminuindo as chances de operações. Outro ponto que temos que destacar é que alguns investidores podem ter optado por aguardar os resultados das eleições realizadas em outubro, e com isso reavaliar seus investimentos em 2015”, finaliza Motta

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