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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou, em agosto de 2012, o Programa Estratégico de Software e Serviços de TI, que ficou conhecido como TI Maior, com a finalidade de fomentar a indústria de software e serviços na área de tecnologia da informação (TI).
 
Com investimentos de aproximadamente R$ 500 milhões para o período de 2012-2015, o TI Maior está estruturado em cinco pilares: desenvolvimento econômico e social, posicionamento internacional, inovação e empreendedorismo, produção científica, tecnológica e inovação, e competitividade. Os recursos serão subvencionados por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
 
O TI Maior prevê ações, como: aceleração de empresas com base tecnológica, a consolidação de ecossistemas digitais; a preferência nas compras governamentais para softwares com tecnologia nacional; capacitação de jovens para atuar na área de TI e atração de centros de pesquisa globais.
 
“Queremos que a produção de softwares cresça no Brasil a uma taxa muito alta e que esse crescimento represente divisas para o país, geração de renda para as empresas e criação de postos de trabalho qualificados para os brasileiros. O software brasileiro deve fazer frente ao produzido no exterior”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
 
A ABES (Associação Brasileira de Empresas de Software) apoia a proposição de uma nova política setorial com o objetivo de desenvolver o software nacional, que pode representar o início de um processo de reposicionamento e mudanças de diretrizes do Governo Federal para o setor.
 
“O lançamento do Plano TI Maior pode resgatar a importância estratégica do setor de software para o Brasil e a necessidade de mudança do papel do Estado no fomento à inovação. Além do fortalecimento de uma indústria determinante para ganhos de produtividade e competitividade em todos os segmentos da economia, na qualidade da administração pública e de vida e serviços para as pessoas”, declarou Gérson Schmitt, presidente da ABES.
 
O secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida, destacou que um dos maiores desafios do programa será a redução da defasagem científica e tecnológica que separa o Brasil das nações mais desenvolvidas. “O setor de TI já tem 73 mil empresas no Brasil e faturou US$ 37 bilhões apenas em 2011, ou seja, nossa indústria é qualificada. O TI Maior chega para fomentar esse campo portador de inovação, acelerando os demais setores econômicos do país”, ressaltou Virgilio.
 
Fomento
 
Um dos principais motores do Programa TI Maior será o fomento às start-ups, aceleradoras de pesquisa e desenvolvimento na área de softwares e serviços. As start-ups serão estruturadas em uma rede de mentores e investidores, por meio de consultorias tecnológicas, institutos de pesquisa e incubadoras, parcerias com universidades, articulação com grandes empresas nacionais e internacionais, além de programas de acesso a mercado e compras públicas.
 
A partir do anuncio do plano TI Maior, a ABES e as demais entidades do setor de software iniciarão o estudo da nova política setorial proposta pelo Governo, buscando contribuir com sugestões, experiências e instrumentos que poderão efetivamente transformar o software nacional e o Brasil nos principais beneficiados desse novo posicionamento estratégico e percepção do setor como diferencial de competitividade para o país.
 
Setores estratégicos
 
Para integrar os núcleos de pesquisa nas diversas áreas do conhecimento, o TI Maior definiu doze setores estratégicos para o desenvolvimento de softwares e soluções de alta complexidade e impacto econômico e social: educação, defesa e segurança cibernéticas, saúde, petróleo e gás, energia, aeroespacial/aeronáutico, grandes eventos esportivos, agricultura e meio ambiente, finanças, telecomunicações, mineração e tecnologias estratégicas (computação em nuvem, internet, jogos digitais, computação de alto desempenho e software livre).
 
Em todos os casos, o TI Maior estimulará a concepção de projetos nos institutos de pesquisa públicos e privados, bem como a formação de redes acadêmicas e empresariais em torno dos ecossistemas criados.
 
Diagnóstico
 
Com o objetivo de estimular a criação de empregos e a qualificação profissional, o MCTI – em parceria com o MEC e associações empresariais – traçou um diagnóstico do mercado de profissionais de TI no Brasil, que culminou no “Brasil Mais TI Educação”.
O foco é construir uma grande plataforma de relacionamento digital com estudantes e profissionais do setor de TI, oferecendo intermediação de vagas, cursos básicos e avançados, geração de informação profissional, oferta de cursos gratuitos para comunidades e estudantes, além de atualização tecnológica e acompanhamento de programas governamentais de apoio à iniciativa, como o Pronatec.
A meta é capacitar 50 mil novos profissionais até 2014. Até 2022, o objetivo é formar os 900 mil novos profissionais necessários, que serão adicionados à base atual de 1,2 milhão de profissionais de TI. 
 
TI Maior integrado a outras políticas públicas
 
O TI Maior é integrado à Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) 2012-2015, que prevê a elaboração de um programa específico para estimular o desenvolvimento do setor de software e TI. Também está articulado a outras políticas públicas do Governo federal, como a Estratégia Nacional de Defesa (END), o Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o Programa Brasil Mais Saúde, o Plano Brasil Maior, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP), além dos Regimes Especiais, como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis) e TV Digital (PATVD).
 
 

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