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Enquanto a porcentagem mundial de software de PC instalado sem licença subiu de 42% em 2011 para 43% em 2013, o Brasil reduziu de 53% para 50%. Apesar de ainda ser alta, essa taxa sinaliza uma redução inédita no índice de uso de software não licenciado no Brasil, que pela primeira vez foi reduzido à metade. Desde 2007, o uso de software não licenciado tem baixado a uma média de 3% por biênio.
 
Os dados são Pesquisa Global da BSA sobre Software, que também mostrou que o país registrou menor índice entre as nações do BRIC e da América Latina, região que, por sua vez, teve a terceira taxa mais alta em relação às demais do globo (59%).
 
“Os prejuízos causados pelo uso do software não original afetam não apenas a indústria de software. As consequências trazem danos econômicos para o País, que perde na arrecadação de impostos e sofre com a redução da oferta de trabalho. E não para por aí, quando essa prática sai do âmbito doméstico e chega ao ambiente corporativo os riscos se tornam maiores. É preocupante ver empresas que deveriam ter uma postura eticamente comprometida com o uso do software licenciado perpetuando essa prática em suas dependências, principalmente ante as consequências alarmantes que isso pode ter em termos de penalidades judiciais, riscos à segurança e perda de retorno financeiro”, ressalta Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil. 
 
A Pesquisa Global da BSA sobre Software é realizada a cada dois anos para a BSA pela IDC, que este ano entrevistou usuários de computadores em 34 mercados, incluindo cerca de 22.000 consumidores e usuários comerciais de PC e mais de 2.000 gerentes de TI. Entre os resultados apurados:
 
  • A taxa de software para PC instalado sem a devida licença no Brasil foi de 50% em 2013, representando uma queda de 3% em relação a 2011.  O valor comercial do software não licenciado totalizou US$ 2,851 bilhões. 
  • A razão principal que os usuários de computadores em todo o mundo citam para não usar software não licenciado é evitar ameaças de segurança devido aos malwares.  Entre os riscos associados com o software sem licença, 64% dos usuários globais citaram o acesso não autorizado por hackers como uma das principais preocupações e 59% apontaram a perda de dados. 
  • Os gerentes de TI do mundo inteiro expressam uma preocupação compreensível de que o software não licenciado possa causar danos, mas menos da metade dizem estar totalmente confiantes de que o software da sua empresa está devidamente licenciado. 
  • Somente 38% das empresas no Brasil possuem políticas escritas que exigem o uso de software devidamente licenciado, média um pouco superior à mundial, 35%. 
  • A porcentagem global de software de PC instalado sem licença subiu de 42% em 2011 para 43% em 2013. Isso se igualou ao recorde de 2009, pois as economias emergentes nas quais o uso de software não licenciado era preponderante continuaram sendo responsáveis pela maioria crescente de todos os PCs em serviço. 
  • O valor comercial de software para PC não licenciado instalado totalizou globalmente US$ 62,7 bilhões em 2013. 
  • A região com a maior taxa de instalações de software não licenciado para PCs em 2013 foi a Ásia-Pacífico, com 62%. Isso representou um aumento de 2% em relação a 2011, com o valor comercial dessas instalações de software não licenciado atingindo US$ 21 bilhões. 
  • A Europa Central e Oriental tiveram a segunda taxa mais alta de instalações de software sem licença, com 61%, seguidas pela América Latina com 59% e o Oriente Médio e a África, também com 59 %. 
  • A América do Norte continua tendo a taxa regional mais baixa, 19%, embora isso constitua um valor comercial significativo de aproximadamente US$ 10,9 bilhões. 
  • Na Europa Ocidental, a taxa geral caiu três pontos, baixando para 29% em 2013, com valor comercial de US$ 12,8 bilhões. 
  • Na União Europeia, a taxa caiu dois pontos, baixando para 31% em 2013, com valor comercial de US$ 13,5 bilhões. 
Diante deste cenário, a BSA – The Software Alliance (www.bsa.org), que é a maior defensora global da indústria de software perante governos e no mercado internacional, tem direcionado seus esforços na realização de ações regionais em cidades estratégicas do Brasil. Nesses locais, onde o uso do software não licenciado é mais comum, tem atuado fortemente na conscientização, no sentido de incentivar as empresas a estabelecer políticas formais escritas sobre o uso do software. Num contexto em que implementar programas de gestão de ativos de software (SAM) são uma necessidade, a BSA desenvolveu o Verafirm, um selo inédito no Brasil de certificação que garante a gestão e manutenção responsável do uso de software pela empresa.
 
“O uso de software não licenciado é uma questão de governança organizacional – e este estudo mostra que há uma clara necessidade de melhoria", declarou a presidente e CEO da BSA, Victoria Espinel.
 
Uma cópia completa da Pesquisa Global da BSA sobre Software, incluindo dados específicos por país, encontra-se disponível para download no website da BSA: www.bsa.org/globalstudy,
 
 

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